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Encadeamentos setoriais, especialização produtiva e dinamismo da mineração no estado de Minas Gerais

Durante o início dos anos 2000, com o crescimento expressivo das exportações de commodities pelo Brasil, grande parte dos estados se beneficiaram com os desdobramentos desse contexto econômico. No entanto, a partir de 2011, a desaceleração da economia chinesa e políticas de austeridade fiscal de economias desenvolvidas impactaram as importações de bens primários. Mesmo com esse contexto desfavorável, os setores associados a mineração no Estado de Minas Gerais permaneceram desempenhando um papel relevante na economia nacional. Com base nisso, focado nos setores extrativos minerais, um dos segmentos mais tradicionais da economia Mineira, o presente artigo objetiva mensurar indicadores produtivos para os setores da economia de Minas Gerais, como o índice de Rasmussen-Hirschman e os multiplicadores da produção, emprego e renda por meio da matriz de Insumo-Produto mais recente do estado, elaborada pela Fundação João Pinheiro (2013). Além disso, para analisar os padrões de especialização e o dinamismo dos setores extrativo e metalúrgico foram mensurados os quocientes locacionais e realizada a decomposição do crescimento do emprego por meio do método diferencial-estrutural (shift-share). Os principais resultados apontaram para um dinamismo limitado dos setores extrativos e metalúrgicos de Minas Gerais. Apesar da concentração produtiva do estado em tais setores, estes não foram capazes de gerar encadeamentos produtivos relevantes dentro da estrutura produtiva do estado, assim como não se destacaram na geração de multiplicadores de produção, emprego e renda.

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